quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Hairstation, um dos meus espaços preferidos na cidade

É um dos meus sítios preferidos na cidade, chama-se Hairstation e é de um grande amigo, o Nuno Souto, cuja casa também é um dos melhores sítios para comer na cidade. Mas essa parte é só para uma esfera restrita de privilegiados, que têm o prazer de degustar o que confecciona com prazer. O que para mim, que mal estrelo um ovo, é sempre maravilhoso!
Hoje aproveitei a hora de almoço para dar um pulo ao Chiado e mimar-me. Sinto-me em casa no Hairstation, entro, falo a quem está, e depois mergulho na Monocle, na Vogue, na Vanity Fair e delicio-me, sem precisar de dizer nada. Entrego-me nas mãos do Nuno ou do Zé Pedro e sei que tudo vai correr bem. O que é um descanso sem preço. 
A meio da leitura diz-me o Nuno:
- O que achas de jantarmos lá em casa para a semana?
- Acho ótima ideia! Há muito tempo que não pomos a conversa em dia, falamos sempre a correr, e na verdade já merecemos um jantar como deve ser!
- Então está combinado, fala com o Manel e depois vimos qual o dia que dá mais jeito a todos.
- Ok!
- Aproveito e falo-te das ideias que tenho para o espaço na Vogue Fashion`s Night Out.
- Nem precisas de dizer mais nada.
Sai, modéstia à parte, muito mais gira do que entrei e também muito mais bem disposta. Para mim uma ida ao Hairstation muda tudo, para melhor! 


O armário...

Há semanas que andava a adiar a tarefa de limpar o armário. Cada vez que o abria, olhava e pensava -  tenho que arranjar coragem para separar o trigo do joio de uma vez por todas! Mas um dia era o cansaço, o outro era a ida a correr para o ginásio, no outro simplesmente não apetecia, e as semanas foram passando, sempre a resmungar comigo própria por adiar a tarefa de separar a roupa que já não uso. Tudo era prioritário menos o dito armário! E o curioso é gosto de dar. Mas quando chega a hora de escolher para dar é que são elas. Fico a olhar para uma peça que não uso há três anos a modos que a perguntar "achas que te vou vestir outra vez?" Do outro lado a resposta silenciosa supõe um "decide tu". Depois pergunto ao Manel.
- O que achas desta blusa? 
- Acho que tens roupa a mais. Muita mesmo!
- E isso quer dizer o quê?
- Que se usas, guarda. Se não usas, dá. 
E é assim o sentido prático do sexo masculino. O que hoje, tenho a dizer, me valeu de muito. Quando cheguei a casa (passava das 20h) nem queria acreditar no que os meus olhos viam, tinha a roupa que mal cabia no armário dobrada em pequenos montes em cima da cama.
- Quis facilitar-te a vida, agora já não tens desculpas para não escolher e dar. Está tudo aqui, à vista! Só tens que fazer a tua parte. E riu-se.
- Nem acredito! 
- (risos) Sim, aproveitei a folga e decidi ajudar-te nesta tarefa permanentemente adiada.
Posto isto, lá foi para o computador deixando o quarto só para mim, como quem diz agora arranja-te. O Manel é assim, na verdade está-se bem a borrifar para quantidade de roupa que tenho, resmunga resmunga, mas aceita que precise de ter muito por onde escolher quando chega a hora de vestir.  Mas quando o excesso constitui um problema, faz o que pode para ajudar. E hoje, bastou ter tempo, para fazer muito.
Resultado: já tenho dois sacos enormeeees de roupa para dar, e parece que tenho menos 10 kgs! É uma grande leveza, aquela que se sente quando se dá o que se tem.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Notei hoje, tal tem sido a azáfama laboral, que os dias estão já mais curtos! Quando sai de casa para a aula de Pilates já estava a anoitecer, o que até à bem pouco tempo só acontecia quando saia do ginásio... 

sábado, 27 de agosto de 2011

Andava eu a deambular pelas páginas dos jornais e revistas on-line, quando um artigo na página da Vogue me chama a atenção. Clico, leio, e no final vejo isto! Com o nome da jornalista coladinho por baixo.
Esta crónica é patrocinada por: 


What?!! Agora já há marcas que pagam crónicas a jornalistas e fazem a devida publicidade nas mesmas?! Será que mudei de planeta e ninguém me avisou? É que no meu planeta, os jornalistas, pela deontologia, não podem fazer publicidade explicita (ou não explicita) a nada, por questões de imparcialidade, aliás é expressamente proibido, a não ser que se entregue a carteira e se deixe de exercer.  Isto há com cada uma que até parecem duas. Se houver por ai alguém que me saiba esclarecer este facto, fico muito agradecida.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Bem vindo Tomás

Hoje conheci o Tomás! Tem um dia de vida e 3,400 kgs. Fui visitá-lo já passava das 20h e fiquei à conversa tranquilamente com a mãe, amiga de longa data, uma vez que as visitas do dia já tinham sido todas feitas. Foi então que a pergunta inevitável surgiu:
- E tu Fáfi, quando é que te aventuras?
- Sinceramente não sei! O relógio biológico do Manel funciona mais que o meu, como sabes. Mas quero e acho que até já está na hora, mas não te sei explicar, não me sinto preparada, chega a atormentar-me a ideia para já. Por isso ainda não é o  momento.
- Sabes que às vezes o momento ideal não existe.
- Eu sei, mas o momento em que estarei confiante disso, sim.
A Vogue francesa não fez a coisa por menos, na edição de Setembro juntou a criatividade do fotógrafo Mario Testino à beleza de Charlotte Casiraghi e o resultado só podia ser este. As imagens falam por si.












Elas estão de volta!

E por falar em amizade, de acordo com o New York Post, "está praticamente confirmada uma nova sequela do “Sexo e a Cidade”. Sarah Jessica Parker, Kristen Davis, Kim Cattrall e Cynthia Nixon estão em conversações e, embora não avancem com uma data, o enredo está pronto e as protagonistas mantêm-se.
Paralelamente, está também a avançar uma nova série baseada na adolescência e juventude de Carrie Bradshaw, uma adaptação do livro publicado pela autora da série, Candice Bushnell. O canal The CW já comprou o produto e aguarda o melhor momento para o lançamento da série que, espera-se, faça subir as audiências do canal".
Yupiiiiiiiiiiii!

Laços

Cheguei de uma semana de férias bem trabalhosa, com a certeza absoluta de que a familia verdadeira é aquela que se escolhe (constituída pelos amigos) e não aquela em que se nasce.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Férias para que te quero

De férias, again, mas desta vez sem destino paradisíaco, de praia, à minha espera. Vai ser uma semaninha no campo a acartar com móveis, a arrumar roupa, loiça, a limpar o chão, azulejos, enfim, vai ser uma semana bem trabalhosa é o que é, para estrear a casa num sitio onde o ar é puro, as estrelas inundam o céu à noite, e os pássaros e as cigarras cantam alegres.
Se não deslocar qualquer coisinha, nem partir nada, vou dando notícias, sim?!

domingo, 14 de agosto de 2011

O  Manel  finalmente voltoooooouuuu! E houve beijos e abraços, e abraços e beijos bem apertados e longos! Foi ouvir sininhos no ar, sentir borboletas na barriga, e tudo e tudo e tudo... 
Enfim, a vida sorri.


Estão a ver o estilo?! Foi muito parecido, mas em privado!

sábado, 13 de agosto de 2011

O fuso horário australiano...

A praia à minha espera, eu já atrasada, mas do outro lado do mundo alguém já me tinha dado dois toques para o tlm; o que é o mesmo que dizer que está na hora de ir ao skype. Aqui eram duas da tarde e em Sidney, duas da manhã.
Ao fim de meia hora de cusquices e muitas novidades, diz-me a minha querida Catarina, que estava a falar comigo deitada na cama.
- Sabes, estou de saco de água quente nos pés!
- Hahaha, boa, estás exatamente como eu, que a seguir vou para a praia. 
- Ai é?
- É, é para as  muitas vezes que no Inverno metias inveja com os dias na Bondi Beach! ;)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O mundo do avesso

Não sou capaz de ser indiferente às noticias, muitas vezes gostava, juro que gostava de ter daquelas capas emocionais que separam o que se ouve do que se sente, e não sofrer com a realidade que não se pode mudar. Mas é mais forte do que eu, e é-me difícil ficar indiferente ao que merodeia. É coisa para estar no ADN, provavelmente.
Hoje enquanto jantava, não bastava estar a seguir, impotente, há semanas a situação no Corno de África, onde já morreram 29 mil crianças de fome e continuam a morrer 100 por dia, para ver indignada, revoltada e ainda estupefacta (apesar de já ir no quinto dia) as imagens que chegam de Londres, Manchester, Birmingham, em que a violência gratuita e os saques tomam conta das ruas e os criminosos se regozijam por fazerem o que querem; para depois ainda vir outra notícia bem sopimpa.
Uma rapariga italiana, de 25 anos, chegada a Lisboa, é abordada por um homem de quarenta e tal que, supostamente, se oferece para a ajudar a encontrar o hotel, mas em vez disso leva-a para uma pensão, onde a mantêm em cativeiro e a espanca e viola, a seu belo prazer durante três dias. O resultado? Ela consegue fugir ao terceiro dia e identificar o estupor, que está em Portugal ilegal. Este vai a tribunal, e o que é que lhe acontece como sentença?! Liberdade. Repito, liberdade!! O  juiz apenas decretou  que tem que se apresentar de duas em duas semanas na esquadra.
Desculpem, será que adormeci e acordei noutro planeta?!!!!! Violação já não é crime? Espancamento também não? Estar ilegal não é problema? O que é isto, afinal? Pode fazer-se o que bem se entende que já não acontece nada?!
E pergunto eu, o que é que acontece a um juiz que comete o ato criminoso de deixar um tipo destes impune, e o põe de novo nas ruas de Lisboa um violador / predador sexual? Não acontece nada?!! Está a cima do bem e do mal?
Estava já farta, fartinha, de ouvir tanta porcaria no telejornal, que decido que o melhor é levantar-me da mesa. Estava já a fazê-lo quando os meus ouvidos escutam mais um pérola. Um filho da puta de um funcionário de uma freguesia em Torres Vedras, responsável por levar crianças à escola, também as violava. Foram várias com menos de 10 anos. Está em prisão domiciliária e parece que uma delas, das vitimas, é sobrinha neta. Então não é que os pais da menina fazem questão de ir visitar o tio a casa, e claro que fazem questão de levar a menina também, pois consideram que não há problema nenhum!! Pronto, foi a gota de água. Sai porta fora em direcção ao Ikea, que foi um mimo.
Ia no carro a pensar nestas realidades desconcertantes, a imaginar que a polícia em Londres devia agir à séria e enfiar balas de borracha com fartura, no lombo daqueles manfias; e se fosse coisa para não resultar, eu era menina para dizer ao Sr. Cameron para passar às verdadeiras. Não para matar, claro, para para atirar uma ou outra a um pézinho, a uma perninha ou a uma daquelas mãos que não se cansam de pilhar e incendiar simplesmente porque lhe apetece. 
Ia eu a pensar nisto quando vejo o Ikea a passar-me ao lado direito e a distanciar-se. Volto para trás a bufar e a pensar - hoje é só entrar, fazer a encomenda, porque já sei o que quero, e sair, não estou perder tempo. Dirijo-me è secção dos moveis e das camas e pergunto se está o B., que me atendeu a semana passada e me ajudou na escolha. Só a ideia de explicar tudo a outra pessoa novamente, já me estava a enervar. E chega B. sorridente, visivelmente de bem com a vida e com o mundo, porque enquanto dava o noticiário provavelmente ele trabalhava.
- Que bom vê-la de novo!
- Obrigada, trago o papel com as referências que me deu a semana passada pare ser mais fácil fazer a compra.
Sempre simpático, sempre pronto a ajudar, com uma enorme paciência e sempre com um sorriso genuíno, lá me ia dizendo o que tinha que fazer.
Chegou á parte em que tinha que carregar com o mibiliário todo para a caixa.
- B, acha que eu sozinha consigo encontrar e transportar isso tudo?! 
- Realmente, difícil não é, mas precisa de ajuda. Eu não posso, aliás não devo, mas claro que vou consigo.
E enquanto andavamos até chegar ao destino, dizia-me:
- Sabe é que não podemos ter  clientes preferenciais, diz-me a rir. Temos que tratar todos de forma igual.
Liga-lhe o chefe.
- Estou a ajudar aquela menina que comprou a mobília para a casa de férias. 
O chefe continuava.
- Sim, eu sei, mas já vou para cima.
Quando chegamos finalmente ao destino vejo já o chefe dele. 
- Que bonito, pensei, lixei o trabalho ao rapaz.
- Vim cá a baixo ajudar-te, diz o chefe, porque assim despachas-te mais depressa e a menina também. Seguiu-se um corre corre bem disposto, com os dois alegres por ajudar,  nos corredores.
Fiquei comovida pela espontaniedade, pela ajuda, pela alegria e pela boa disposição. Há pessoas que continuam a fazer de momentos simples, alegrias, e que são capazes também de ajudar, só porque sim. No final, fiz questão de escrever no livro, mas para fazer um enorme elogio. Ontem estes dois rapazes fizeram-me ver o tal bright side of life, de que os Monty Phyton falavam.

Está quentinho... finalmente

O Verão chegou finalmente em bom! O meu rapaz ligou-me à pouco de Castelo Branco onde estão só 38 graus, e em Lisboa o termómetro marca 34. Está quentinho por todo o país, portanto. Valha-me o ar condicionado, que o calor que se sente na rua é bom mas é para quem está na praia!!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A estadia a Sudoeste

Tal como suponha vim mais cansada do que fui, do fim-de-semana na Zambujeira. Mas nada arrependida. Pulei, saltei, dancei, dormi pouco, mas diverti-me muito. Deu para apanhar sol de dia e chuva de noite (foi à vontade do freguês), deu para ir à praia dos Alteirinhos (que adoro) e à do  Brejo Largo, na Longueira, que desconhecia. Deu para devorar uma salada de polvo e degustar um arroz de polvo com camarão. Deu para rever amigos e passar  algum tempo com os mais antigos. Deu para meter a conversa em dia com a dona Adilia. Porque é  tão certo ir para o festival como ficar no monte dela.
Para mim no meio está mesmo a virtude, e para aguentar a confusão do festival faço questão de descansar no sossego. Afinal os 20 anos já lá vão, e acampamentos, como já sabem, não são o meu forte. :)

As casas do monte são tipicamente alentejanas, como se quer.
Dá ou não dá vontade de sentar?

O poço renovado, um mimo.
Quando abria a janela, era estas senhoras que via. 
Para quem não sabe, olhó belo do milho!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Rumo a SW

Telefonemas, convidados, escrita. Escrita, convidados, telefonemas, telefonemas, reunião. Decisões para alinhamento, escrita. Posso dizer que este foi um dia em que reinou a azáfama. Ele foi falar com o Miguel Clarinha, dos pasteis de Belém que me disse que nem ele,  da família dos proprietários, sabia o segredo que já vem de 1837. Sabem seis pessoas, e pronto! Foi falar coma Aurora Cunha, madrinha do leitão da Bairrada, que entre muitos risos me disse que " este é um prato pouco adequado para desportistas, mas é uma delicia, e sempre que posso, como". Afinal quem pode, pode. Foi falar com confrarias, foi dar uma boa notícia ao meu querido Luís Suspiro, e resolver milhentas de pequenas coisas, porque fazer um programa em que se juntam os padrinhos e madrinhas das 21 maravilhas gastronómicas, é obra!
Mas isso agora não interessa nada (como dizia alguém), pois vou rumar a Sudoeste, para um fim de semana de praia, concertos e petiscadas com amigos (e o meu rapaz a Norte, sei lá bem por onde! Isto dos casais modernos é assim).
Segunda feira haverá com certeza histórias para contar...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quando o feng shui é a escolha

Depois de quase dois anos de construção, a casa de férias na aldeia mais portuguesa de Portugal, está praticamente terminada. Agora está a chegar a parte do recheio, de comprar móveis, sofás, cadeiras, camas, quadros, e tudo e tudo e tudo. 
Andava eu maravilhada e apaixonada pela ideia de comprar uma cama de cabeceira alta em capitoné, até que a minha querida B., amiga de longa data e arquitecta/consultora de feng shui (que me tem auxiliado com o projeto de raiz), me diz que não é o apropriado para o meu meu quarto.
- Não é?!
- Não amiga, o teu quarto é energia árvore. E esse material não tem nada a ver...
- Hummm, então a cama tem que ser toda em madeira, é isso?
- Convêm. Quer dizer, o que te estou a dizer é o que é mais apropriado, mas também convêm que gostes, porque a casa é tua e tens que te sentir bem nela, sobretudo.
- Claro! Nem faz sentido de outra forma, aliás. Bem, vou tentar conciliar o melhor de dois mundos e vou tentar sentir-me bem com uma outra mobília de quarto. 
Que merda, pensei com os meus botões. Quem me manda a mim ligar a estas coisas. Já podia ter tudo escolhidinho e pronto, não se falava mais no assunto. Mas não tive outro remédio se não visitar outras lojas, se não a minha consciência não ficava em paz. Até que vi um quarto que adorei, de madeira, linha romântica, todo em branco. E disse-lhe.
- Branco, como? Diz-me ela.
- Branco, branco sei lá...
- Mas é contraplacado?
Pensei "ui ui ui, que isto agora vai ser bonito!"
- Não sei bem... Aquilo parece-me madeira mesmo, agora sei lá eu se é contraplacado. 
- É que faz diferença. Uma coisa é ser madeira pintada de branco outra coisa é ser contraplacado ou outra coisa qualquer que para ai se vende. Amiga, o material tem importância.
Tirei dúvidas na loja, e soube que era realmente madeira pintada de branco. 
- É melhor, mas já sabes que o ideal era ser de madeira e ter a cor natural.

E pronto, hoje vou definitivamente à loja, com a minha querida mãe, já pronta a fazer a encomenda, e quando chego lá, curiosamente a cama de madeira pintada de branco está ao lado de outra igualzinha, mas em madeira castanha! Parecia o destino a testar-me. C`um caraças!!!! Olho para as duas vezes, vezes sem conta. Desvio o olhar para pedir ao empregado que me mostre o guarda roupa, para ganhar tempo para refletir. E foi ai que desabafei...

- Estou mesmo indecisa... 
- É fácil, diz-me o empregado, de qual gosta mais?
- Não se... Acho que da branca, mas parece que a castanha faz mais sentido no meu quarto.
- Como assim?
- Segundo o feng shui, percebe?
É ai que o empregado olha para mim, e já sem se conter a rir, diz:
- Não me diga que você acredita nessas coisas? 
- Claro, se não acreditasse não lhe dizia. Para mim é importante, mas tenho noção que maior parte das pessoas não liga nenhuma, e não me espanta, porque na verdade a maior parte nem sabe bem do que se trata.
- Isso é verdade. Eu próprio não sei bem. Diz-me ele, cheio de paciência, boa disposição e sinceridade.
Volto ao local das camas, olho para as duas mais não sei quantas vezes, e oiço as palavras da B. "a madeira castanha vai-te dar a sensação de maior conforto, de mais calor, acho que vais sentir-te melhor do que na cama branca, que é fria".
Fez-me tudo sentido. Gosto de ambientes confortáveis, acolhedores e quentes. E disse.
- Levo em castanho! Está decidido! 
Realmente tem mais a ver comigo, pensei.

Isto foi apenas o começo de uma jornada que se adivinha grande, e cheio de escolhas esmiuçadas. "Mas há decisões que vão surgir  sem dificuldade porque fazem naturalmente sentido só naquele local, já me disseste várias coisas e vais ver que tudo vai fluir". 
Se podia não ligar nenhuma ao feng shui, claro que podia! Mas não seria a mesma coisa. Cada um tem as suas pancadas, e esta é assumidamente uma das minhas, nada grave, mas  algo trabalhosa.

Manel na Volta

O meu Manel está todo contente e feliz a trabalhar na Volta a Portugal. Diz que é cansativo, que não se pára, mas adora o espirito de equipa que se vive. Lá foi ontem  de mochila às costas para Fafe, e só volta dia 15.
Hummm... são duas semaninhas,  e as saudades do meu morenaço vão apertar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011