domingo, 23 de junho de 2013

A nova revista do Politeama e a energia do João

Ontem fui ao Politeama ver a Grande Revista à Portuguesa, a nova peça de La Féria que estreia esta semana. E está lá tudo: o desgoverno do governo, a incapacidade de resposta da oposição, o zé povinho que paga tudo, os tachos da Joana Vasconcelos, o poder de compra angolano, o fado... etc, etc, a sátira e as criticas sociais são descritas de uma forma tão verdadeira quanto caricata e a boa disposição é garantida. Está lá tudo, inclusive a energia contagiante do João (Baião), que só por acaso vai fazer 50 anos daqui a poucos meses. Mas isso não interessa nada, como diz a outra senhora, porque ali a idade está longe de se notar. Posso parecer parcial, e admito que sou, porque gosto muito dele, porque trabalhamos juntos e porque ambos gostamos de nos rir com facilidade de nós e da vida.
Apesar da energia dele ser sobejamente conhecida desde do tempo em que tinha o macaco Adriano como companheiro, vê-lo cantar, dançar, saltar, representar naquele palco fez-me pensar como é que se  consegue? Como é que se consegue espalhar energia num programa logo de amanhã depois de estar a representar até tarde e pelo meio fazer ainda não sei quantas outras coisas. O segredo é já conhecido: paixão pelo que se faz.


A peça vale bem a pena (porque tem um rol de atores notável) e o teatro Politeama comemora este ano o seu centenário, mais uma excelente razão para lhe fazer uma visita.

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