segunda-feira, 19 de setembro de 2011

As meninas e os pintas

Ontem no meio do meu zapping, vi uma Teresa Guilherme em forma e bem vestida, num formato onde indiscutivelmente está como peixe dentro de água. Gostei de a ver de volta, no seu estilo muito próprio. Portanto, na Casa dos Segredos, nota 10 para a Teresinha.
Quanto aos  concorrentes há muito tempo que a minha alma não ficava tão parva. O meu rapaz dormia tranquilamente ao meu lado, e ainda estive tentada a dizer-lhe "acorda, tens que ver isto!" Tal era a necessidade de partilhar a minha incredulidade. Talvez esse fosse mesmo o segredo do casting. Os exemplos são tão maus que uma pessoa fica siderada e aparvalhada a olhar para o ecrã. 
Para começar, as concorrentes pareciam todas saídas do bar de alterne mais próximo, já eles uns pintas, armados em bons, do pior. Às tantas oiço uma loira dizer "Teresa, eu vim para aqui porque quero ser conhecida". Pois está claro, nem ninguém estava a pensar mesmo noutra coisa, minha querida. Mais tarde assisto a um rapazinho com um ar imberbe a pavonear-se e a achar-se o próprio do D. Juan. Nada convencido gaba-se de dar aulas de engate aos amigos, e de ter tantas namoradas que chega a não se lembrar do nome delas. Ora aqui está um belo motivo de orgulho! Não se lembrar do nome da pessoa com quem se namora. Isto para não falar de uma morena, auxiliar de acção médica, que disse, entre muitas outras pérolas, que a única desilusão amorosa que teve foi com um tipo que conheceu no facebook. Pois...
Que tristeza de alminhas aquelas que ali foram parar. Excessivamente preocupadas com a aparência, e donas de uma futilidade exacerbada. Eu só pensava, e essa era a minha grande curiosidade, que tipo de pais seriam os daquela gente? Não que eu achasse que de repente a Casa dos Segredos fosse encher-se de intelectuais e de gente com ar de ir à missa ao Domingo. Nada disso mas ali há uma clara vitória do parecer em vez do ser. Uma clara inversão de valores. E isso é triste. 

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