segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Natal no local em que a tradição ainda é o que era!

Já passou e que grande dor de cabeça me deu este Natal, não com as prendas porque fiz por isso e consegui fugir às multidões mas por causa do frio e do que que veio a seguir.
Sim porque ir passar o Natal à aldeia mais portuguesa de Portugal tem que se lhe diga. Lá hà madeiro, há amigos à volta deste, há missa do galo, há filhoses feitas pela avó, à cheiro a lareira no ar e claro está, há muito friooo, muito e à séria!
Entre o sair de casa, estar no madeiro e sair da lareira existem mudanças de temperatura  consideráveis de tal maneira, que o que não foi tradição foi a gripalhada que tive no dia 25 com direito a quase 40 graus de febre. A minha avó nos seus 84 anos olhava para mim e dizia "sabes que isto não é Lisboa aqui faz frio à séria". Pois que faz, sim senhora. 
Mas antes de ser atacada pela febre, tenho a dizer que o dia 24 foi muito bom. A avó como sempre amassou as filhoses e esticou-as nos joelhos à lareira, como é tradição na Beira Baixa, que tive a boa ideia de ir buscar o meu tio avô ao lar (porque teimoso não quis vir com as netas para Lisboa) e foi um regalo vê-lo com a minha avô a falar de outros tempos, todos animados. Dois irmãos de 84 e 89 anos que passaram a tarde e a noite a falar sem parar (sim, tenho a quem sair). Um mimo.
Deu tempo para ir à missa do galo ouvir cantar o tradicional "Ò meu menino Jesus" e aquecer-me antes de ir para a cama na lareira.  Quanto a prendas, tive todas as que precisava. 







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