domingo, 7 de outubro de 2012

Margarida Marante

Estávamos em 2003 e na sala/estúdio daquela formação avançada havia cerca de 50 alunos àvidos por saber mais sobre televisão. Chegara a hora das aulas de jornalismo televisivo, a nível prático, com exercícios que simulavam telejornais e entrevistas. A professora, naquele módulo (em dupla com Emídio Rangel), era nada mais nada menos que Margarida Marante. O nervoso miudinho aumentava. A frontalidade e a excelência que a caraterizavam no ecrã não deixava ninguém indiferente naquela sala. Eu, que lhe tinha uma admiração imensa, só não queria fazer má figura, queria mostrar o meu melhor. E consegui. Quando chegava a hora do veredito escutava religiosamente as suas palavras, sempre frontais e construtivas.
Foram noites de aulas excelentes aquelas... com uma das melhores jornalistas que vi a fazer entrevistas em televisão. Com uma vivência quase anónima nos últimos tempos, partiu cedo. É a vida a mostrar-nos a sua efemeridade.

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