quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O que eu gosto no acordo ortográfico

Bastou ter uma pequena formação, no local de trabalho, para os preconceitos que restavam, relativos ao acordo ortográfico, irem por água a baixo.
Primeiro que tudo é uma evolução, Fernando Pessoa revoltou-se quando, no seu tempo, se deixou de escrever pharmácia para dar lugar a farmácia, e hoje em dia a primeira hipótese não faz qualquer sentido. E porquê meus queridos amigos? Simplesmente porque como  diz o ditado popular "primeiro estranha-se depois entranha-se"!
Na verdade o que acontece ao escrever atual em vez de actual é uma estranheza, mas faz sentido, pois tudo o que não se lê passa a não se escrever. No caso de facto, como lemos o c, este mantêm-se. 
As regras são novas, mas na sua maioria são de senso comum. Além disso para quem pensa que estamos a ser culturizados pelo Brasil, a verdade é que eles fizeram mais cedências de linguagem do que nós para que o acordo fosse aceite. Até porque a grande razão para que esta evolução se dê é bastante coerente - não se perder o rumo da língua portuguesa entre os países de expressão portuguesa, pois cada um já estava a escrever à sua maneira. Assim quer-se, e é possível, que a língua portuguesa seja uma ferramenta de trabalho na ONU. 
Eu gosto, apesar de ainda estar na fase de estranhar... 

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