terça-feira, 19 de junho de 2012

Terça feira, ao fim da tarde, é dia de dedicar tempo a quem mais precisa. Hoje o volume de trabalho e um crash inesperado no computador da empresa fizeram-me chegar mais tarde do que o previsto à Casa do Gil. Entro e estou ainda a pousar a mala quando oiço "Fátima se quiseres despedir-te da E., da M. e da O. corre para as traseiras!" O meu cérebro demorou alguns segundos a processar a informação. Despedir?!!! "Sim, elas vão embora, o avião parte daqui a pouco!" Corro e apanho a E. com as lágrimas nos olhos e dou-lhe um grande abraço e digo-lhe para estudar e para continuar assim, a ser uma miúda excelente; já a entrar na carrinha encontro M., que com três anos, me salta para os braços e encho de beijos, e já de forma mais rápida despeço-me de O. 
A carrinha parte e eu fico em suspenso. Sem saber se alguma vez mais voltarei a ver aquelas caras.  A Casa do Gil, para quem não sabe, é uma casa de passagem, que reintegra os pequenos que por ali passam. Mas seja como for, custam-me as despedidas. Custam sempre.

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