domingo, 27 de fevereiro de 2011

A era dos frugalistas, que tanto me agrada

Gosto de ao Domingo de manhã, ir buscar um café à cozinha e ficar a ler as revistas femininas da nossa praça, na cama. É um momento só meu que me dá imenso gozo. Foi assim que li um artigo que adorei, sobre ser frugalista. E o que é ser frugalista? Ser frugalista é ser "uma pessoa que valoriza aquilo que tem, que não desperdiça os seus recursos materiais, independentemente  da quantidade, e acima, de tudo, da qualidade. Significa dar valor aquilo que já se possui, procurando extrair o máximo de utilidade das coisas em seu redor". No fundo é ser simples, simples no sentido de ser consciente daquilo que se compra e daquilo que realmente se necessita. Ou seja, é ter um comportamento selectivo e consciente.
Descobri e aqui fica um livro sobre o tema!


E o blog de uma frugalista 


E realmente há lá coisa mais bimba do que ver, como vi há uma semanas uma reportagem sobre ricos, e assistir ao espectáculo triste de uma dondoca, toda orgulhosa, a mostrar armários e armários de roupa que nunca usou?!!! Compra para dizer que tem, porque maior parte nem veste. Senti pena e ao mesmo tempo uma enorme vontade de rir, pelo ridículo da coisa. 
Devem estar a pensar, está aqui esta a dizer estas larachas e na volta tem um armário cheio de peças que não veste! Pois é... claro que tenho. Aliás todas as mulheres gostam de ter  uns bons pares de sapatos e uns vestidos a mais da conta. Mea culpa... Mas garanto que era incapaz de coleccionar armários de roupa que não vestisse, de gastar imenso dinheiro para depois não usufruir. A estupidez era muito grande, e a minha não chega a tanto.
Na moda, o segredo está em "ter pouco mas bom. Ter com saber. Se comprarmos uma peça há duas que saem do armário. E abolir a compra por impulso", diz no artigo. Fácil não deve ser, porque por vezes temos apegos inexplicáveis a peças que há muito já deviam ter saído do nosso horizonte, mas vale com certeza a pena. Diz-me sempre a minha querida amiga Elizabete que trocou a arquitectura para se  dedicar ao feng shui "para haver espaço para coisas novas na tua vida, tens que deixar as velhas". E diz-me "os armários estão incluídos". LOL. Claro que estão!!!!




As grandes marcas, que seguem tendências, sabem o que isto é, e seguem esta também. A casa Hermés, tem o projecto Petit H, que dá uma segundo vida aos objectos, isto é, aproveita-os e fá-los renascer! Nomes como Yves Saint Laurent e Stella McCartney há muito que lançam um número de peças limitadas a preços acessíveis, para mostrar que nem sempre a exclusividade tem a  ver com o preço. Numa época de crise (económica e sobretudo de valores) mas também de consumo exacerbado, o facto de se ser pouco (como pessoa) cria muitas vezes a necessidade de se comprar muito em objectos, e se há coisa que não faz faltinha nenhuma é o supérfluo e os superficiais.
Venha a frugalidade, que se baseia em estar mais perto do que é realmente importante, que é organizar a vida para que se tenha tempo de qualidade; que é ter consciência ecológica, que é consumir produtos que têm um sabor real, e não artificial, no fundo é consumir selectivamente, em qualquer área.  
O ser frugalista é estar mais perto do essencial (e felizmente está na moda)! Yupiiiiiiiiii...

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