quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Porque é que sofremos por alguém que não gosta de nós? Esta foi sempre uma pergunta que me incomodou e à qual já tentei responder várias vezes... 
Há poucos dias uma amiga veio-me novamente com a conversa que não era capaz de esquecer o R. e que ainda por cima tinha descoberto que ele numa noite de copos se tinha atirado a uma amiga de trabalho. Ui, e isso é que não. Mesmo! Para uma mulher isso é o mesmo que deitar um fósforo para um monte de palha seca. Notícia mais incendiária é difícil. 
Mas na verdade o R. nunca foi propriamente um namorado, foi alguém que decidiu partilhar com ela alguns meses da sua vida, mas depois achou que devia viver outras experiências.  E está no seu direito e isso não faz dele má pessoa. Aliás nunca lhe disse que a amava nem estava perdidamente apaixonado. Mas também não quer dizer por isso que vale tudo e  não deva haver respeito. Flirtar com quem quer que seja ao lado dela e fazer olhinhos dengosos às amigas é completamente desnecessário, e é isso que faz dele um perfeito idiota.  Digo-lhe para não gastar mais tempo a pensar num tipo assim, mas em vão.
A meu ver foi isso que fez com que a chama dela não se apagasse. Nada é mais desafiante para uma mulher (ou homem) do que uma conquista. Tudo muito bem. Temos é que perceber que quem vai à guerra dá e leva. Que umas vezes amamos, outras somos amados. Que outras nem uma coisa nem outra e isso não quer dizer que não se passe um belo bocado. Eu, como toda a gente, já me iludi, já tive a minha quota parte de sacanas e já chorei muito por quem merecia pouco, mas hoje olho para trás e o distanciamento faz-me rir e ver o quanto essas experiências foram preciosas para o meu crescimento. 
A minha amiga é uma miúda gira que dói, independente, e que na realidade, ainda não se apercebeu mas não gosta assim tanto do R. Já vi esta história passar-se com ela algumas vezes. E isso é que me preocupa. O facto de ainda não ter aprendido com alguns erros. Como qualquer mulher não gosta é de ouvir um não, de sentir o ego ferido, de sentir que foi rejeitada. Sofre-se desmesuradamente por alguém que não gosta de nós porque o nosso ego é, por vezes, tão grande quanto estúpido, e custam-lhe as adversidades. Nós mulheres gostamos da conquista, do jogo, da incerteza que nos faz sentir borboletas na barriga. Quando é dado adquirido, a piada foi-se. Ela ainda está nesta fase. Uma vez acabou duas vezes com um tipo excelente. À terceira quando ela quis voltar, ele cansado e com alguma razão, disse-lhe que não. O que veio a seguir foi uma paixão desmesurada por ele, como nunca tinha tido.
Já lhe disse um cliché bem verdadeiro, que quando menos esperar surgirá um L. um P. ou um Z. que lhe encherá as medidas. Mas para isso terá que valorizar o essencial e não o supérfluo, como tem feito até agora. É só uma questão de tempo.

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